ADEUS À LORENA
Os anos se passaram agora estamos em 2017
Corro ao
campo, para senti-la. Minha amada. Pois sei que viajas nesse odor orvalhado.
Sinto a
sua presença em brisas.
Rodeias-me exibindo seus preceitos e trejeitos de
me amar, lançando sobre meu corpo uma gelada rajada de brisa perfumada. Isso me
dá grandes arrepios. Às vezes, aqui ou acolá, te mostras em pequenos,
redemoinhos de vento. Levantando ao ar perfumado, as últimas folhas secas de
inverno. Corro a brincar contigo num incansável, pega-pega!
Deito-me à relva molhada, procurando teus suores!
Abraço-te! Com meu ventre colado a terra. Braços abertos, em forma de cruz.
Acarinho-te! Acariciando a relva, sentindo a tua
presença, afagando meu rosto.
Tem sido sempre assim! Desde o dia em que Deus te levou do nosso mundo
Santos – SP – 2.017
Foi esta
a despedida que fez à Lorena quando a perdeu. Sua guerreira fora requisitada
por Deus, deixando em frangalhos a alma do velho poeta! Agora só
restava ele dentro daquela casa grande e cheia de cômodos. As crianças
cresceram e cada um tomou seu rumo. Vieram os netos as alegrias, as lágrimas de
felicidade e tristeza com o aumento de pessoas na família. Mas nada curava a
brecha que ficara no coração, pelos amores perdidos.
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