12/11/2020

Vigesima sétima parte do meu livro” OS DOIS AMORES DE CARLINHOS”

 


                                              ADEUS À LORENA                                                                                                                                                                                                                             

Os anos se passaram agora estamos em 2017

 Quando as flores sorrirem, desabrochando e espalhando pelos campos os seus perfumes de primavera!

Corro ao campo, para senti-la. Minha amada. Pois sei que viajas nesse odor orvalhado.

Sinto a sua presença em brisas.

Rodeias-me exibindo seus preceitos e trejeitos de me amar, lançando sobre meu corpo uma gelada rajada de brisa perfumada. Isso me dá grandes arrepios. Às vezes, aqui ou acolá, te mostras em pequenos, redemoinhos de vento. Levantando ao ar perfumado, as últimas folhas secas de inverno. Corro a brincar contigo num incansável, pega-pega!

Deito-me à relva molhada, procurando teus suores! Abraço-te! Com meu ventre colado a terra. Braços abertos, em forma de cruz.

Acarinho-te! Acariciando a relva, sentindo a tua presença, afagando meu rosto.

Tem sido sempre assim! Desde o dia em que Deus te levou do nosso mundo

 

 Santos – SP – 2.017

 

Foi esta a despedida que fez à Lorena quando a perdeu. Sua guerreira fora requisitada por Deus, deixando em frangalhos a alma do velho poeta!   Agora só restava ele dentro daquela casa grande e cheia de cômodos. As crianças cresceram e cada um tomou seu rumo. Vieram os netos as alegrias, as lágrimas de felicidade e tristeza com o aumento de pessoas na família. Mas nada curava a brecha que ficara no coração, pelos amores perdidos.


 

 

 

 

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