29/12/2019

AMOR UMA PALAVRA PARA AMAR.


Amava demais. Quando estava longe da namorada sentia-se perdido. Conversavam por celular notebook e outros meios de comunicação. Porém sentia-se muitas vezes inseguro. Por vários motivos.

Amava demais e deixava isso à mostra para a namorada. Ela uma senhora muito segura de si. Bonita com um bom corpo e onde quer que fosse sempre um sorriso estampado no rosto.

Apesar da idade era uma mulher vistosa. Muito serelepe e agitada. Não se deixava abater onde a situação muitas vezes era sufocante.

Assim viviam para cá e para lá. Volta e meia brigavam e se separavam. Coisa que não durava quinze dias. Estavam juntos novamente. Não há de se negar não conseguiam ter vidas separadas. Não conseguiam ficar mais de meia hora sem pensar um no outro. A diferença dos dois é que Domitila amava |Eduardo mas de uma maneira prática. Fazendo dele vezes um gato manso que tomava uma sapatada mas logo estava ali do lado dela novamente. Então ela se sentia a dona do barraco.

Já Eduardo um cara romântico e muito sensível. O oposto da amada. As vezes uma palavra dele que ela não gostava. Castigava o cara. E na distância que separava os dois ele sofria.

Dizia que ia sair e não saia. Dizia que ia fazer isso e aquilo e não fazia. Tudo isso para ela era como uma autodefesa. Para deixar o pobre e apaixonado amado sempre inseguro e a merce do seu amor.

Porém Eduardo esta se aborrecendo. Não entende esse amor de Domitila. Ora lhe quer hora não quer. Ora briga e dai a meia hora está tudo bem. Ela é bem briguenta e mandona. Inseguro o velho senhor Eduardo acha que nunca vai conseguir se entender com Domitila e sofre muito por isso.

Por vezes chora e já pensou em até tirar a vida. Matar-se! Tamanho é o amor que ele sente pela amada. Quando jovem viu sua amiga Mercedes suicidar-se se jogando na frente de um trem. Por ser apaixonada pelo cunhado marido de sua irmã. Viu seu colega de futebol Américo se enforcar com um lençol por amor a namorada que não o queria.

Já pensou algumas vezes nessa possibilidade, Mas sem coragem para fazê-lo não quer tornar-se um crápula e covarde. De que adiantaria tirar a vida e deixar Domitila solta para o mundo, Agora pensando seriamente vê possibilidades de ter outra namorada. Uma que não o faça sofrer. Uma mulher mais calma e tranquila. Que lhe dê um pouco mais de confiança para o futuro.

Chega de chorar pelos cantos, chega de implorar amor que não foi feito para sofrer. Chega de mostrar suas fraquezas. Chega de pensar que Domitila é a única mulher do mundo. Parece um amor de duas almas que se atraem, porém quando brigam seus corpos físicos padecem. Apesar de não demonstrar a fraqueza Domitila também sofre pela falta de Eduardo. E assim vão vivendo e sofrendo de amor. Será que um dia realmente vão entender. Não sei acho que eles ainda não se deram conta do significado da palavra AMOR.

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25/12/2019

.UM MENINO CHAMADO JESUS


A vida não o deixou nascer sorrindo, como a maioria dos bebês. A mãe costureira desempregada e abandonada pelo pai. Jesus nasceu numa manhã chuvosa, dentro de um barraco sem luz. Partiu da barriga confortável e aconchegante da mãe direto para um mundo pobre. Nascia mais um morador no lixão da vila Sapo.
Seu primeiro berço! Uma linda caixa de cervejas de cor vermelha, acolchoada pelo restolho de um fétido colchão forrado e uma manta para agasalha-lo. Seu único conforto! O carinho da mãe, que o olhava com os olhos de Maria para seu filho Jesus.
Cresceu comendo restos, na companhia de outros desabastados e dos ratos. Era um menino sonhador. Voava na imaginação o sonho de abraçar Papai Noel. Tinha uma coleção de recortes de papéis, picados a mão e colados com sabão. O bom velhinho estava por todos os lados. As crianças diziam mágicas maravilhas dele. Para Jesus como era chamado Papai Noel era seu herói.
Um dia revirando o lixo, uma carteira de couro preta e lambuzada de porcarias achou. Ao abri-la uma boa quantidade de dinheiro e uma foto do velho Noel sorrindo. A surpresa deixou Jesus de boca aberta e feliz. Seu ídolo! Achara a carteira do Papai Noel.
Correu para a mãe. Dentro do barraco contaram o dinheiro. Dava para muita comida, coisas gostosas que não conhecia o sabor. Uma roupa nova para ir ver Papai Noel no Shopping. Ali! Os seguranças nunca o deixaram entrar.
--- Não mãe! Vou devolver a carteira ao Papai Noel. Só tira o dinheiro para comprar o remédio do Jesus  de dona Neuza que está doente. O resto eu devolvo para o meu herói. Tá aqui o endereço dele! A mãe chorou diante da lealdade do filho. Bom menino com seus oito anos.
Andou muito com a carteira dentro de um plástico e abraçada ao peito. O endereço! Uma mansão que parecia o céu.: - seria ali mesmo a casa do Papai Noel. Pensou ele. Tocou várias vezes a campainha, mas não foi atendido. Sentou-se num canto do portão e de tanto sonhar nos voos da sua mente acabou adormecendo.
Anoitece! Um carro se posiciona no portão. O motorista João Pedro alerta o patrão que tem uma criança dormindo na entrada. Os dois saem do carro. O patrão pede a João Pedro que pegue o menino e coloque no banco de traz.
Jesus se acomoda, a cama é macia. Acorda num susto diante de um homem negro, que lhe diz com voz amável.
---Bom dia! Tá com fome menino!
Assustado assentiu um sim com a cabeça.
--- Senta ali e come o que quiser. Diz-lhe o negro João Pedro.
Pão leite, café, manteiga. Suco e de quebra queijo e presunto.: - Que maravilha! Pensou Talinho: - será que é dia de Natal!
Após comer muito o homem perguntou ao menino, o que fazia no portão.
--- Achei a carteira do Papai Noel e vim devolve-la! Só tirei o dinheiro para o remédio do Jesus!
João pega a carteira e vai até o patrão! Explicando o propósito do menino. O patrão chora ao ver a foto do Papai Noel, que lhe fora dado pelo seu menino, antes do acidente que lhe decepou a vida. Levando a mãe como companhia. Pede a João que compre uma roupa de Papai Noel.
Jesus toma um banho e ganha roupas novas da governanta. Maravilhado anda pela mansão. Que natal lindo pensava. Então como num passe de mágica surge seu herói todo vermelho num hou hou hou bem desafinado. Num voo o menino vê seu sonho se realizando. Só lhe resta correr para o abraço ao seu ídolo. Naquele momento o Espirito de Natal do velho Nicolau se nota em aureolas de amor.
A partir daquele ano as crianças do lixão da vila Sapo, tiveram grandes Natais em companhia de Jesus na mansão. Sua mãe cuidava pessoalmente das roupas do patrão Papai Noel. Tocou tanto o Espirito de Natal na vida daquele patrão, que aos trinta anos Jesus empossava a presidência da empresa do seu pai adotivo. Seu ídolo! O patrão Papai Noel.
Direitos autorais reservados à
CARLOS ALBERTO PADUAN.

22/12/2019

UM SORRISO NO ÚLTIMO SOPRO DE VIDA

 



Ali estava Sérgio agonizando nm leito de um hospital. A fatídica doença consumia seu corpo e alma num terminal sem volta. Preparando-o espiritualmente para a partida.

Era doído para um cara que procurou a felicidade no final do seu tempo.


Estranho o capricho do destino. Lhe trazendo o amor no final da idade. Mais estranho ainda ter pagar com a infelicidade a união de duas pessoas.

Duas pessoas se de gladiando por ciúmes. De um lado a filha que não admitia o pai ser feliz com outra mulher. Do outro lado a namorada que não admitia interferência da filha na vida do amado. Sem saber e mesmo sem se conhecerem faziam a infelicidade na vida de Sérgio.

Cada uma com seu modo e maneira de pensar Sérgio ouvia dos dois lados as reclamações. Os motivos de cada uma pelos ciúmes ao qual alimentavam. Precisava que elas fossem felizes com a situação, para que ele fosse feliz também

Fazendo suas orações no seu leito de morte entrega seus últimos minutos buscando o porquê do egoismo de pessoas que não admitem ceder suas vontades para que outras sejam felizes.

Hora fatal, doente terminal UTI aberta aos familiares. No mesmo local filha e namorada se entreolhavam. Num lampejo de luz Sérgio v| as duas chorando e se abraçando, Naquele momento o destino uniu as duas. Talvez arrependidas pela partida do pai e do amor. Talvez arrependidas por seus egoísmos de não enxergarem que Sérgio só queria ser feliz.

Talvez porque se fazia presente a necessidade de Sérgio vê-las juntas e unidas para ele sorrisse no último sopro de vida. Assim aconteceu. Partiu sorrindo sentindo-se agradecido pela semente de amor que plantou. Nos corações raivosos das duas.

Inexplicável nossos destinos.

19/12/2019

DANDOA VOLTA POR CIMA NA VIDA

 


Ela passara o último Natal e Ano Novo somente com a filha a lhe fazer companhia. Restavam só as duas, uma família dizimada pelo tempo.

Partiram para outra esfera pai e mãe, o marido se fora também, fim de um amor fracassado. A tristeza se fazia presente dentro daquele coração como uma doença que talvez não tivesse mais cura, uma esperança muito longe, um remédio que não tinha mais receita.

Encontrei-a triste como em uma fotografia gasta pelo tempo. Seus olhos já não tinham mais vida. Olhei-a de cima a baixo procurando uma centelha de luz naquele corpo cansado da vida. Achei no canto da boca um pequeno e tímido sorriso.

Com o passar dos dias fui dizendo-lhe bom dia e sorrindo. Vi aquele corpo de setenta anos, desfilar um pouco mais belo, imponente tal qual ao de uma garota nova com um andar mais chamativo perante os olhos dos jovens.

Do canto da boca, seu sorriso cresceu para os lábios, que agora já se enfeitam com um batom vermelho rosa. O mesmo odor rosa exala de seu corpo. O cansaço do desamor já não é mais uma dor.

Agora vejo uma velha menina serelepe, que parece gingar como uma cabrocha em dia de samba. Vejo um sorriso procurando outros sorrisos para se dizerem bom dia. Vejo pessoas que se despedem dela e já sentem saudades. Vejo uma tremenda mulher, um furacão de sensualidade que me faz delirar a cada abraço, cada beijo. Vejo a vida de uma forma tão feliz e eloquente, que perante testemunhas, enlacei meus braços em volta seu corpo, como uma aliança.

Pedi-a em casamento durante um almoço e vibrei de alegria. Seu sim foram lágrimas de emoção e felicidade. Quando olhei para as testemunhas, elas brindavam com o que tinham nas mãos: pratos, copos, talheres e muitos sorrisos acompanhados de vivas e parabéns.

E agora, com nossos setenta anos, demos a volta por cima da vida

15/12/2019

OS OLHOS TRISTES NO TEMPO

Quantas vezes!
Lembrando-me de ti, eu passava de propósito diante da tua vida. Via tua juventude indo embora e tu nunca sorrias.
“O que será que ela tem?” Pensava eu.
Outras vezes, passava pelo teu portão. Ora não te via, ora te via a varrer o quintal ou aguando as plantas. Mas nunca vira o teu sorriso. Não sabia se eras casada ou não. “Talvez não fosse feliz”; pensava eu.
Vi o tempo, amigo ou não, levando a tua idade. Enrugando-te e trazendo a neve aos teus cabelos. No sopro do vento, eu sentia estar no fim o meu amor por ti.
Minha esperança ao passar pela tua rua já era sem razão.
Certa manhã de Natal, cabisbaixo e triste, do meu portão olhava o movimento da rua. Alguns conhecidos e vizinhos passeavam pelas calçadas cumprimentando com acenos e falas.
— Feliz Natal! Eu desejava a todos.
Naquele dia meu coração pulou fora do peito. Finalmente papai Noel se lembrou do meu presente. Tu vieste descendo a minha rua, com os cabelos curtos de algodão e um sorriso alvo e alegre.
— Bom dia, feliz Natal! Ouvi tua voz me dizendo.
Naquele momento, o mais encantador da minha vida, percebi que tu querias estar ao meu lado. Tive um ímpeto de correr e abraçá-la. Porém me contive:
 “Tanto tempo a espera, para que correr agora?”
Hoje, passeamos de mãos dadas. Finalmente vejo florir teu antes apagado sorriso do passado; teus olhos brilham emocionados, cheios de vida.
 És a minha vida... Ah, a minha vida!

08/12/2019

SERESTA NO LUAR DE PRATA

Apaixonantes noites de serestas boemias na noite de lua cheia. Num luar branco e prata. A rua solitária, sua companhia é o sereno e um amigo violão, que traz pendurado junto ao corpo. Preso a um couro cintilante de estrelas prateadas. Anda pelo silêncio, noturno procurando uma janela aberta ou mesmo entreaberta e curiosa. No alto dos assobradados e antigos prédios da rua do Tesouro.

Procura as damas moças sonhadoras e amantes do romântico luar. Que esperam pelo momento mágico em ouvir os acordes de um violão dedilhado e a voz máscula do seresteiro cantor a seduzir-lhe a alma.
São emoções que guardam no coração, como um encanto. Um ritmo de paixão num prazer delicado. O boêmio espalha sua voz na noite dominando o prazer da emoção, canta causando êxtases nos corações femininos.

Uma noite prateada para a morena que pela janela entreaberta, mostra seu rosto meigo, colorido pela prata da lua. Sonhando com o amado que um dia partiu. Seus lábios assopram vislumbrante nuvem azulada da fumaça do tabaco que segura entre os dedos Dos seus olhos perdidos numa contemplação, escorre uma lágrima que para na ponta do queixo, como uma pérola da cor do luar. 

04/12/2019

QUANDO O AMOR É ETERNO


Quando adentrei à porta do asilo, meu coração bateu forte. As idosas cantavam Quando adentrei à porta do asilo, meu coração bateu forte. As idosas cantavam em coro uma música antiga chamada ' AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM ' do Roberto Carlos. Viajei então para o meu passado. Lembrando da minha amada. Dançávamos essa música agarradinhos. Realmente nessa época fiz muitas poesias e canções que eu adorava cantar no seu ouvido.
Hoje como idoso que sou, procuro-a por todos os cantos. Quem sabe talvez ela seja uma dessas vovós a cantar. Cumprimentei todas elas uma a uma e fui perguntando os seus nomes. Umas sorriram, outras mais sérias e outras procurando ser mais agradáveis.
Como eu, todas tem uma história de amor. Todas amaram, sofreram e tiveram seus momentos felizes. Quem não amou! Quem não errou!. O destino deu chance a todos, muitas vezes não estávamos preparados para recebê-la. Eu e minha amada erramos muito, porém hoje eu a procuro.
Umas das vovós que cantava me chamou de lado, dizendo que essa música tinha uma fã fervorosa, mas que se fora para outro patamar no domingo passado.
Nesse momento meu coração surtou. Perguntei a Diva ( Esse era o seu nome ). Como era a fã dessa música. Ela respondeu que era uma mulher graciosa, com rosto de menina. Tinha um lindo par de olhos verdes e o cabelo de espiga de milho. Com lágrimas nos olhos acabei eu descrevendo a mulher.
--- Eu já sei o resto Diva! Ela tinha o rosto bem branco, duas bochechas bem vermelhas e seu nome era Maria Esmeralda. Nesse momento Diva com os olhos marejados me perguntava.
--- Então você é o Carlinhos. Ainda com o choro engasgado na garganta respondi.
--- Sim! E como me dói ter chegado tarde.
--- Não se desespere seu Carlinhos! Ela partiu tão serena, que tenho certeza levou sua fotografia na alma. Mas te deixou uma carta. Me dizendo que se um dia eu o encontrasse lhe entregasse. Vou até o meu quarto buscá-la
Diante dos fatos sai do salão onde estavam as outras vovós e me isolei num canto onde tinham bancos e um silencioso jardim de rosas. Fiquei a imaginar como teria sido nossa velhice. Desde que ficara só no mundo Maria Esmeralda se internou num asilo por sua própria conta. Fiquei sabendo disso pela vizinha dela - quando fui procurá-la. A mulher por esquecimento não soube me dizer o nome do asilo. Tampouco sabia onde estava o papel com o endereço.
Uma dor para mim. Por Deus levá-la antes que eu à encontrasse. Nesse instante meu coração está de luto.
Senti uma lufada de vento fresco cheirando a rosas, passar por mim. Tive a impressão que os olhos de Maria Esmeralda me olhavam do jardim, pois sei que não existem rosas verdes.
Nesse momento Diva chegou com a carta e me alertou que esse canto era o preferido de Maria Esmeralda. Saiu, me deixando sozinho. Era um envelope normal escrito Carlinhos. Ao abri-lo o olor de amor de Maria Esmeralda espalhou-se. Mesmo que não tivesse nome eu saberia que aquele envelope era endereçado a mim.
Dizendo assim.
--- Meu amor! Quando o médico me disse que meus dias estavam contados. Resolvi vir para este asilo. Aqui tive tudo de bom. Tratamentos remédios, médicos atenção amor e amigos. Para este lugar deixei minha herança prescrita. Sabedora eu da tua procura por mim e falei tanto de você, que Diva vai saber quem é você quando encontrá-lo.
--- Nunca quis que você acompanhasse a minha doença e sofresse no meu leito de morte. Não seria justo para você sofrer no final da vida. Porém sei que se necessário fosse, você o faria com esmero. Fique tranquilo, pois quando chegar a tua hora de partir, estarei ao seu lado e vou guiá-lo pelo caminho para que te sintas amparado.
--- Meu amor te espera na eternidade.
Após ler a carta não me contive em vários choros. Fiquei um tempo contemplando o jardim lembrando do jeitinho da minha amada. Diva veio até mim com uma xícara de café quente e vendo o meu desespero disse!
--- Sei que dói muito o que você está sentindo. Porém saiba você que o amor após o desencarno não é um castigo um sofrimento e nem um desespero. É uma dádiva! Aguarde seu tempo para ser feliz seu Carlinhos.
Já na calçada da rua incentivada pela voz de Diva ouvi novamente a música.

AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM.

01/12/2019

DEPRESSÃO – PARTE DEZ- O ULTIMO E MAIL DA DOUTORA ESMERALDA PARA ALBERTO.

 Alberto fique tranquilo quanto ao amor. Pela minha experiência trabalhando com a terceira idade nestes últimos dez anos. Escrevi dois livros. Fora meu projeto da faculdade para a terceira idade. Aprendi de tudo com meus velhinhos. Infelizmente existem mais mulheres idosas esperando um amor. Principalmente por um homem com a tua capacidade de amar. E que também precisa de amor. Não se desespere não meu garoto. Existem três mulheres idosas para cada homem. A disputa entre elas é enorme. Elas querem sonhos. Querem namorar querem se sentir mulheres. Porém a maioria sentem-se frustradas e jogadas pelos cantos do mundo. Acredite todas elas precisam de amor.

Então Alberto para você será um prato cheio. Vá passear por lugares de eventos para a terceira idade . Vai na tua praia ai em Santos, talvez você encontre alguém. E cá para nós até num belo maio e um corpinho bonito. Quem sabe você encontre dois olhinhos meigos apaixonados e bonitinhos a sua espera. Não podes esquecer a doutora Cristina que você achou ter uma boca deliciosa. Alberto dos homens da terceira idade alguns estão tão estragados que não fazem jus a sua capacidade de homens. Não se cuidaram estão maltratados e desdentados. Feios e relaxados. Outros mais bonitos e bem apanhados querem as mulheres novinhas para poder esnobar e contar vantagens. Outros muito malandros que querem todas e não ficam com nenhuma, portanto meu desesperado amigo. Não se perturbe mais por se achar jogado e perdido. Mulher não falta neste mundo. E de todas as idades. Elas se arrumam se põe todas gostosas e esticadinhas na esperança de encontrar um velhinho apaixonado como você. Vá em frente e quando encontrar me apresente. Eu vou te aplaudir e muito.

Quando isso acontecer teus ouvidos escutaram outras vozes te chamando de amor, de bem, de querido. Como se fosse uma nova canção. Também aprenderas a aceitar o novo tempo. Se facilitares o começo de novas possibilidades. Entenderas que não há mais o que se esperar daquilo que já passou.
Não esqueça que temos de nos falar sempre. Por pura manutenção. Ainda não terminei com você.
Boa sorte menino.
FIM