22/12/2019

UM SORRISO NO ÚLTIMO SOPRO DE VIDA

 



Ali estava Sérgio agonizando nm leito de um hospital. A fatídica doença consumia seu corpo e alma num terminal sem volta. Preparando-o espiritualmente para a partida.

Era doído para um cara que procurou a felicidade no final do seu tempo.


Estranho o capricho do destino. Lhe trazendo o amor no final da idade. Mais estranho ainda ter pagar com a infelicidade a união de duas pessoas.

Duas pessoas se de gladiando por ciúmes. De um lado a filha que não admitia o pai ser feliz com outra mulher. Do outro lado a namorada que não admitia interferência da filha na vida do amado. Sem saber e mesmo sem se conhecerem faziam a infelicidade na vida de Sérgio.

Cada uma com seu modo e maneira de pensar Sérgio ouvia dos dois lados as reclamações. Os motivos de cada uma pelos ciúmes ao qual alimentavam. Precisava que elas fossem felizes com a situação, para que ele fosse feliz também

Fazendo suas orações no seu leito de morte entrega seus últimos minutos buscando o porquê do egoismo de pessoas que não admitem ceder suas vontades para que outras sejam felizes.

Hora fatal, doente terminal UTI aberta aos familiares. No mesmo local filha e namorada se entreolhavam. Num lampejo de luz Sérgio v| as duas chorando e se abraçando, Naquele momento o destino uniu as duas. Talvez arrependidas pela partida do pai e do amor. Talvez arrependidas por seus egoísmos de não enxergarem que Sérgio só queria ser feliz.

Talvez porque se fazia presente a necessidade de Sérgio vê-las juntas e unidas para ele sorrisse no último sopro de vida. Assim aconteceu. Partiu sorrindo sentindo-se agradecido pela semente de amor que plantou. Nos corações raivosos das duas.

Inexplicável nossos destinos.

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