Vagando pelas madrugadas, pelas
calçadas. Olhando ruas de pedras sebosas a brilhar num cinza chumbo, coisa feia
de olhar nos cantos escuros de cada esquina.
Meus olhos te procuram, jogada no chão
da vida podre.
Prostituta bêbada!
Às vezes te encontro nas ruas do
pecado. Mas foges novamente, sempre cantando restos de musicas, vagas lembranças
da tua felicidade. Conheço teu repertório.
Quando descobri quem você era
realmente, a tragédia do vício já havia se apossado da sua alma.
Por noites, no nosso leito de amor,
compartilhei do álcool que te dominava e te fazia feliz.
Fui um crápula também,
me aproveitando da situação para ter os meus prazeres ao teu lado.
Trapo!
Molambo que peca por um gole na vida
mendiga.
Andarilha dos bares sujos dos cantos
escuros e fétidos do caís.
Dormindo em calçadas cuspidas, fazendo
do meio fio o travesseiro, fugiu da minha cama, teu abrigo.
Fugiu de quem te
ama.
Preciso de você, espero que não seja
tarde.
Posso ser seu segundo prazer, porque
eu te amo!
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