05/06/2018

MEU M0LAMBO, MEU AMOR


Vagando pelas madrugadas, pelas calçadas. Olhando ruas de pedras sebosas a brilhar num cinza chumbo, coisa feia de olhar nos cantos escuros de cada esquina.

Meus olhos te procuram, jogada no chão da vida podre.

Prostituta bêbada!

Às vezes te encontro nas ruas do pecado. Mas foges novamente, sempre cantando restos de musicas, vagas lembranças da tua felicidade. Conheço teu repertório.

Quando descobri quem você era realmente, a tragédia do vício já havia se apossado da sua alma.

Por noites, no nosso leito de amor, compartilhei do álcool que te dominava e te fazia feliz. 

Fui um crápula também, me aproveitando da situação para ter os meus prazeres ao teu lado.

Trapo!
Molambo que peca por um gole na vida mendiga.

Andarilha dos bares sujos dos cantos escuros e fétidos do caís.
Dormindo em calçadas cuspidas, fazendo do meio fio o travesseiro, fugiu da minha cama, teu abrigo.

Fugiu de quem te ama.

Preciso de você, espero que não seja tarde.

Procuro por teu abraço, mesmo em um mundo só teu, onde o destilado é o inigualável prazer da vida.

Posso ser seu segundo prazer, porque eu te amo!

Nenhum comentário: