Olho pela janela. O dia é tristonho,
chuva chata. Bate uma melancolia no meu peito vazio. O vento vindo de fora gela
minha alma. Um dia choroso, um dia em que a saudade vem fustigar a gente.
Os pingos escorrendo pela vidraça
recordam você e nosso namoro. Você vinha correndo na chuva, parava a sorrir em frente
desta mesma janela. Um sorriso puro, encantador!
Um anjo molhado.
A água escorria pelos
teus cabelos de franjas negras afagando a tua cútis morena. Tu me olhavas com
ternura e os pingos de chuva que escorriam paravam na ponta do seu queixo. Pareciam
gotas pérolas a enfeitá-lo.
Meu coração disparava num galope
quando teus olhos matreiros de amor me diziam: “Vem dançar comigo na chuva!”
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