11/06/2018

A VALSA DE ENCANTOS

Olho pela janela. O dia é tristonho, chuva chata. Bate uma melancolia no meu peito vazio. O vento vindo de fora gela minha alma. Um dia choroso, um dia em que a saudade vem fustigar a gente.

Os pingos escorrendo pela vidraça recordam você e nosso namoro. Você vinha correndo na chuva, parava a sorrir em frente desta mesma janela. Um sorriso puro, encantador!
Um anjo molhado. 

A água escorria pelos teus cabelos de franjas negras afagando a tua cútis morena. Tu me olhavas com ternura e os pingos de chuva que escorriam paravam na ponta do seu queixo. Pareciam gotas pérolas a enfeitá-lo.

Meu coração disparava num galope quando teus olhos matreiros de amor me diziam: “Vem dançar comigo na chuva!”

Rapidamente eu pulava a janela e abraçava teu corpo molhado. Nossas mãos entrelaçavam os dedos. Nossos corações marcavam o compasso. O sentir se fazia presente no salão das águas; onde, ao ritmo da chuva, dançávamos a nossa valsa de encantos. 

Nenhum comentário: