13/09/2018

O LIVRO

Uma abundância de lágrimas escorria pelas faces de Ana, ao ver parte da sua alma, letrada em páginas. Formando um livro da sua vida. Onde arrancava com fervor forças para dizer sobre o amor que lhe estraçalhava o peito.
Toda a sua existência amorosa era derramada nas palavras que escrevia. Em linhas que falavam de amor. Todas as formas de amor que conhecia e que já sentira durante a vida.
Uma essência de amor! Valeram todos os dias de espera, de angustia. Vivia cada ponto, cada acento ou vírgula que colocava no papel! Sonhando o sonho dos apaixonados. Fechando os olhos, se via abraçada por braços fortes, sentia se em êxtase, deixando o corpo levitar. Num maravilhoso momento de amor.
Assim saída do transe, quem se deliciava era o papel que sentia o lápis a correr afinado por suas pautas. Às vezes ria bem baixinho pelas cócegas que lhe fazia a borracha. Não podia atrapalhar os pensamentos de Ana a poetizar suas emoções. Ana escrevia, ora chorava, por vezes cantava baixinho para seu amor, príncipe de cada momento poético. Um apogeu sem limites de um vício de amor que alimentava a sua alma. Ana escrevia com calma, ora com sofrimento, ora como um tormento numa sensação de abandono.
Os olhos marejavam em soluços amargando sua garganta.
E hoje?
Ah! Hoje! Ana está feliz! Com seu amor. Abraçando-o com força contra seu peito. Esse seu amor se sentindo aconchegado, satisfeito sorri? Sim! O livro sorri e exala aquele cheirinho de novo. Dando um prazer e um sabor todo especial na vida de todos que o lerem. Detalhe! O meu tem a dedicatória de Ana. 
    

2 comentários:

Maria José da Conceição disse...

Adorei tua visita, digo-te que fiquei emocionada com tuas palavras de incentivo, postarei sempre que puder, e aqui estou eu passeando na calçada do teu blog, a retribuir o gesto de carinho com outro carinho, pois, és escritor, pensador, poeta e dentre tantas outra coisas, és humano, viajas nas asas da imaginação e até hoje corres na busca constante de aprimoramento, e se deixares, quando eu crescer, quero escrever assim. Um abraço! Boa noite.

carlos alberto paduan disse...

Obrigado Maria José da Conceição fiquei feliz em ver-te passeando na minha calçada. Agora eu é que agradeço o carinho. Foi como receber um presente. Você não precisa crescer para ser escritora e pensadora. Isso está plantado na sua alma. Basta cultivar e fazer florescer.