19/09/2018

LEMBRANÇAS DO SENTIR


  

                         

 

As folhas do inverno se espalhavam por todo o gramado do parque. Formando uma colcha verde com milhares de bordados em vários tons de marrom. Eu sentado num tronco de árvore tombada, lembrando com ternura, minha amada. Onde estará agora, minha pequena flor morena. Delicada como a leve e suave brisa que me beija o rosto agora. 

Como eu queria teu abraço apertado ao meu peito. Sentir teu trêmulo coração a latejar no mesmo ritmo do meu! Tua boca aconchegada a minha Teu encarnado batom, pintado nos teus lábios, como pétalas de rosa se abrindo e agasalhando minha boca. Teu respirar ofegante, como se faltasse o ar para a vida. Teus olhos sonhadores e desejosos de mim, a me pedir amor.

Teu suor escorrendo pela face exalando o odor do desejo. Nosso abraço de amor seria como uma viagem ao sonho do sentir. Fechar os olhos e dormir. Só acordar desse encanto com nossas cútis, enrugadas pelo tempo.

A.V.P.L.P.  

ACADEMIA VIRTUAL DE POETAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

PATR0N0:  ARTHUR DE AZEVEDO

ACADEMICO - CARLOS ALBERTO PADUAN – CADEIRA - 82

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