Na
juventude andando na noite pela rua vazia.
Olhava
a lua prateada, quando reluzia.
A
mesma lua que conhecia.
Minha
primeira namorada!
Tinha
sempre a impressão que me dizia.
---
Seja feliz com sua amada!
Hoje
meus cabelos estão brancos.
Parecem
fios de algodão.
Mesclados
com o luar de prata,
Da
mesma lua, que eu namorava.
Nas
noites que eu fazia serenata.
Hoje
essa mesma lua, em festa!
Me
convida! Para fazer seresta.
O
tempo tomou meu corpo.
Porém
cuidou de mim.
Hoje
sou um resto de seresta.
Acompanhado
por meu bandolim.
Um
velho! Estou no fim do meu tempo.
Passei
pela vida com felicidade.
Carregando
nos ombros a lealdade.
Que
aprendi desde o berço.
Quando
minha velha mãe orava no terço.
Para
eu ter dignidade.
Se
eu partir agora! Vou embora.
Deixando
a saudade.
No
coração dos que amei.
Vou
embora rindo para a vida.
E
agradecendo pelos os sonhos que sonhei.
Pois
plantei sempre o amor.
Por
todos os lugares que passei.
Carlos
Alberto Paduan
Carnaval
de 2.020
Vila
Esperança – São Paulo
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