Sentado à mesa da casa de hóspedes, mirava a mata através das grandes portas que davam para o quintal. Pensava aquele seria mais um longo e interminável dia. Um dia triste de pesar. A falta da amada era muito grande dentro do peito velho e carcomido pela vida.
Apaixonou-se novamente quando o tempo já lhe roía a pele. Como num conto fictício de um grande amor. Mergulhou de cabeça em busca da felicidade. A dor da perda era como pisar em cacos de vidros e gemer de dor num silêncio amargo.
Sentiu-se criança amando e por amar demais errou muito. Sentia o amor como uma mãe lhe protegendo. Sugava o sangue da amada para guarda-lo no peito, sentindo-se alimentado de amor.
Amou como um tolo que ama suas besteiras. Como uma estrela que se ilumina no negro espaço. Amou como um guerreiro fazendo do ciúme o inimigo. Amou como um bobo, ama sua vida idiota. Como um rei que ama o seu tesouro. Amou como um palhaço, rindo e fazendo rir a amada.
Amou confiando todos os seus segredos e sorrisos. Amou como um louco cometendo loucuras. Amou como um bailarino, colocando seu corpo em movimentos sensuais e delicados, matando as sedes do amor, numa insaciável guerra de corpos a delirar em desejos apaixonados.
Amou como um lobo defendendo a sua alcateia. Amou tentando cuidar da amada.
Falhou! Porque amou demais.
Um comentário:
Amei!
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