12/07/2019

TEMPO

Não o vejo. Só o sinto passar.

Quando reparo nas minhas mãos, as rugas que me destes.


Quando criança eu o trocava pelos folguedos. Sem perceber quem eras.

A minha juventude! Carregastes como um raio. Estraçalhando rapidamente

a minha beleza.

Ao perceber minhas pregas e rugas no rosto, tratei-o como um inimigo oculto e escondido apunhalando traiçoeiramente vidas.

Hoje porém, percebo a paciência que tivestes.

Me ensinando a entender a vida. Agora ando ao seu lado.

A amar tudo e a todos. Pois entendi que cada um tem seu tempo.

Até o final dos tempos.


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