Não o vejo. Só o sinto passar.
Quando reparo nas minhas mãos, as rugas que me destes.
Quando criança eu o trocava pelos folguedos. Sem perceber quem eras.
A minha juventude! Carregastes como um raio. Estraçalhando rapidamente
a minha beleza.
Ao perceber minhas pregas e rugas no rosto, tratei-o como um inimigo oculto e escondido apunhalando traiçoeiramente vidas.
Hoje porém, percebo a paciência que tivestes.
Me ensinando a entender a vida. Agora ando ao seu lado.
A amar tudo e a todos. Pois entendi que cada um tem seu tempo.
Até o final dos tempos.
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