02/07/2019

A VISITA

Quando a senhora Voilla fazia seu crochet sentada na sua cadeira de balanço. Seus olhos filmavam o passado de sua filha a jovem Helena. Que partira da terra, numa tára de um bandido que à estuprou. Ceifando-lhe o privilégio da vida.

Uma brisa suave fez dançar as leves e delicadas cortinas do janelão da sala. Voilla sentiu um sublime toque nas mãos tremulas que crocheteavam a linha. Um leve arrepio subiu-lhe pelos braços até o rosto. Como um abraço sentiu o perfume das rosas de Helena.

Voilla levantou-se e sorriu. Foi em direção ao jardim. Acariciou e beijou todas as rosas amarelas que Helena plantara. Era assim o encontro entre mãe e filha nas primaveras. Quando as rosas se abriam.

Os anos passaram e nem a morte de Helena as separou.

Vollia voltou do jardim e como num transe se pôs à frente de um quadro do Cristo que enfeitava a parede branca.

E no silêncio da tarde orou a Deus em pequenos sussurros. Helena volitando e preparando sua volta para o Plano Espiritual pediu a Deus

--- Cuida dela por mim. 

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