O tempo cura as feridas, mas nos deixa cicatrizes, como as saudades que dói demais, açoitando o peito. Mesmo que o tempo suavize essa saudade, ainda tem outras dores na alma.
Quando se larga tudo na vida, indo em busca da felicidade. Isso também marca o nosso sentir. Quando entramos na ilusão de um conto de fadas e nos apaixonamos pelo novos encantos que encontramos. Tudo puro e lindo.
Precisamos ceder e deixar de fazer muitas coisas que gostamos. Precisamos que a pessoa amada por nós, também se modifique e aceite-nos. Precisamos de calma e a cabeça sempre pensando para que não magoemos e vice versa.
Quando esbarramos na realidade e vemos os encantos dos nossos sonhos se esvaindo como uma água limpa e pura correndo para um ralo. Paramos e chegamos a uma triste realidade. Mais uma vez a busca pela felicidade está morrendo aos poucos.
Aí vem as tais dores. A ameaça da infelicidade nos deixa amedrontados e encolhidos quando não somos capazes de reagir numa discussão. Se reagirmos por impulso e pelo ego machucado, dizemos e escutamos besteiras. As magoas afloram.
Aí voltamos para o passado. Ameaçados pelas dores das saudades e do arrependimento. E venha chicotadas nas costas. Aparecem as duvidas:- Será que valeu a pena! Lá atrás eu era infeliz! Mas tinha várias pessoas que eu gostava e brincava com elas. Mesmo tendo outras pessoas que diziam me amar e só me usavam.
Hoje estou aqui num castelo onde amo. E com calma procuro fazer tudo certo. Sinto que sou amado em alguns momentos. Porém em outros da maneira como sou tratado, me sinto um invasor, me sinto num lugar que não é meu. Parece que o chão desaparece dos meus pés. Sinto que a vida passou mais um pouco. E eu ainda não consegui ser feliz, como no meu sonho. Sensível para mim; porém invisível aos olhos de quem me ama.
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