APRESENTAÇÃO DO LIVRO
No primeiros capítulo acompanhamos as aventuras da infância de um menino – o Carlinhos – e as alegrias de crescer em um bairro pobre: seus amigos, jogos infantis e o despertar das primeiras emoções provocadas pelos olhos das meninas, que ainda brincavam de roda; as dores da perda da inocência no final daquela idade e malícia ingênua dos primeiros amores da adolescência.
Nos demais capítulos lemos como Carlinhos, jovem adulto, largou tudo, de família a namorada e mudou para Santos, onde morou em pensões, trabalhou no cais, teve amizades bizarras, conviveu com malandros, prostitutas, miseráveis cujas histórias inspiram seus textos.
Ao longo dos anos, registrou em cadernos manuscritos todas estas histórias que, agora aposentado, teve tempo de transformar em contos, poesias e crônicas dando vida a uma fauna de personagens curiosos, lúbricos ou patéticos que povoam as páginas deste livro.
Com a segurança de um velho marinheiro, navega com suas crônicas através das ondas de histórias bem humoradas, dramas vividos e amores desfeitos, personagens em conflitos com a morte, revelações religiosas e – com a mesma desenvoltura – cruza com prostitutas, mendigos, párias e farrapos. Ainda que não evite a crueza dos relatos, sua narrativa é respeitosa e emana compaixão pelos marginalizados da vida.
Certos mares são tempestuosos e há rochedos que poderiam naufragar o livro quando sensualidade, amores adultos e sexo apimentam o texto. As armadilhas são superadas; se os personagens e autor são atrevidos e luxuriosos, o estilo não perde a elegância e o respeito à sensibilidade do leitor.
O capítulo sobre a Infância é nostálgico e lamenta um tempo que findou; os capítulos Crônicas, Devaneios e Poesias denunciam pessimismo, conformismo ou ironia diante realidade da vida e da cruel inevitabilidade da morte. Como é dito no final de um comovente texto: “Tenho saudade de mim, quando eu era o passado”.
O livro fecha com textos íntimos, as Confissões do autor. Sua alma não se constrange em se exibir nua para os leitores. São narrativas de um escritor maduro, mas que visitam as mesmas emoções singelas da infância.
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Tudo o que escrevo vem da minha alma; é um gozo transmitir o que sinto. Quando a saudade bate no meu peito eu choro, revivo as passagens de amor na chuva e na praia; dos momentos em que a vida se tornava uma seda deslizando suavemente sobre minhas paixões; das escuras ruas de paralelepípedos; dos bondes da minha infância; das mulheres modernas e lindas em fotos branco e preto; das noivas, das meninas e das alegrias dos amores puros e sorridentes. Sinto falta de mim mesmo quando eu era o passado.
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