MEU POEMA

 

Já fostes o meu poema.

Quando eu rimava.

Minha vida. Com tua alma.

Tu! Um pequeno teorema.

De amor, afeto e calma.

Colocastes um elo de algema.

No meu amor. Uma agalma.

Hoje estas infeliz. Seus olhos o dizem.

Pensamentos perdidos. Numa viagem.

Barco sem velas. Noites que não luzem.

Momentos feridos. Vida sem coragem.

Pago alto preço. Por não poder te tocar.

Dor no corpo, adoeço. Por não poder de amar

Ainda suspiro teu amor. Numa ânsia de querer.

Hoje és uma canção que escrevo.

Como uma ternura infinita.

Com notas de amor te descrevo.

Como a canção da vida. A mais bonita!

E choro quando lembro dos teus olhos.

Afinados da minha canção.

Porém tristes. Como a morte.

Direitos reservados a

Carlos Alberto Paduan -

Santos – final do inverno – 2.019.

E EU CONTINUO COM DORES DE AMOR

Foi muito gostoso como Deus expôs para nós o amor, Veio avassalador bonito, cheio de graças Cheio de desejos e ternuras. Veio com tudo o que faltava nas nossas vidas. Com olhar de desejos, emoções, de querer e arrepios. Veio como uma nova vida. Como um mundo jovem que a muito havíamos esquecido.

Veio como um presente. Talvez para compensar o que sofremos durante a vida. E mais uma vez a intolerância da juventude e todos as nossas idiotices se fez presente. Que pena! Tivemos tudo nas mãos para terminar nossas vidas felizes e nos amarmos muito. Não adiantou nada. Os mesmos erros do passado se fizeram presentes e hoje acabamos de jogar o nosso amor no lixo.

A vida, o destino e Deus no deram a chance. Que pena que não aprendemos nada.

Hoje ando num mundo sem sol. Era você o meu sol. Hoje minha alma dói junto com meu corpo e minha vida.

Pior quando lembro de você e do teu jeito moleca. Quando lembro quantas vezes sorrimos e namoramos. Quantas vezes demos risadas de satisfação para o mundo.

Eu sei que te fiz renascer como mulher, que te fiz reviver para um mundo novo. Não sei o que faltou! Talvez não nascemos para sermos felizes juntos. Da minha parte não faltou amor. Da sua não sei!

O que sei realmente é que seu encanto se perdeu nos últimos dois meses. Pelas suas palavras, seus gestos e sua maneira de agir perante mim.

Você não é mais a menina que Deus me deu de presente. Parece que um furacão desolou o meu espaço. Não tenho mais apoio para colocar meu pé firme no chão.

Me perdoe se eu a decepcionei. Me dói muito me separar de você, mas me dói muito mais saber que isto te magoa.

E eu que pensei que o remédio para curar os meus males de amor fosse você.

MEU AMIGO QUE SEMPRE VOLTA

 

Esta noite mais uma vez e sem sono, sentei na sala no meu canto predileto. Como sempre com a pressão a mil, mas, pelo menos medicado, percebi a visita do meu amigo. A cada vez que ele volta mostra-me um pouco mais da sua luz. Perguntei-lhe!

--- Como é do outro lado.

--- Suave! - Respondeu-me.

--- Explique-me, por favor, esse suave!

--- Suave como os teus sonhos!

--- Não entendi ainda meu amigo. - Indaguei novamente, ele explicou-me.

--- Nos teus sonhos sua alma sai a volitar por lugares distantes e remotos. Você sonha então como uma Fênix. Onde esta o silêncio e a música delicada dos ventos que embalam os teus sentidos. Esses são os versos reprimidos da tua vida. Quando você procura o passado remoto da criança que era feliz. Onde você de pés no chão sonhava acordado na sua inocência.

Esses seus sonhos são normais - Continuou ele. São os preparos do desencarne. Que de modo algum devem afetá-lo encarnado.

--- Quando chegar a sua hora descobrirá as origens da tua família. E quando um dia puderes voltar como eu volto para te ver. Verás que as pessoas que o cercam encarnadas ou não! É a tua família.

--- Então você é parte da minha família – perguntei-lhe nervoso.

--- Sou!

--- Por isso que só vens quando perco o sono!

--- Sim! Estas são as noites em que você precisa de zelo. Venho para acalmá-lo e ajudá-lo a preparar o teu futuro. Agora meu garoto! Fui! Vai dormir.

--- Ah! Não se esqueça de escrever mais um conto. Como vai a venda do teu livro!

--- Não sei! Razoável talvez até fraca – respondi.

--- Continue tentando! Você ainda vai chegar lá. Tchau. 

MEU PAI MINHA HERANÇA

Não via a hora.

De chegar o domingo.

Perto do dia ir embora

Ver na tardinha caindo.

Ao longe meu pai chegando.

Maior desejo do meu mundo.

Num abraço abordando.

Um gesto puro! Profundo.

Passeávamos pelo ranchinho.

Jogando conversa fora.

Vendo o sol que de mansinho.

Levando o dia embora.

Hoje tua falta dói.

Minha memória é lembrança.

Órfã minha alma corrói.

Quando dizias sorrindo.

Nosso Ranchinho! Nossa esperança.

Hoje sem você ao meu lado.

Te imagino a mim chegando.

Com teu neto em mim colado.

Plantando, regando me ajudando.

É meu orgulho, esse menino.

Vindo comigo trabalhar.

È sua semente plantada.

Regada de amor e carinho.

É sua colheita herdada.

O futuro do nosso ranchinho.

E no por do sol do domingo.

O café da tarde saindo.

Lembra do sabor! Meu pai.

Tomo um gole dessa saudade.

Deixando meu mundo sorrindo.

Obrigado nesta passagem.

Por você ter sido. Meu pai.