Fui um filho revoltado. Sai de casa cedo.
Hoje sinto falta da minha mãe.
Junto dela nunca fui dono de mim.
Nunca tive vontades e vida própria.
O QUE SENTI E SINTO ATÉ HOJE
Mãe! Quando sai de casa
Não tive forças para perdoa-la.
Porém hoje compreendo minha educação.
Macambúzia onde criança educada! Era criança calada.
Também foste criada na Intolerância,
sem afeto, sem abraço.
Muitos filhos, muito cansaço.
Nunca tivestes dois braços abertos. Lhe esperando.
A sorrir, dando-lhe alegria na alma.
Numa ternura que acalma.
Por ti fui criado com repressão.
Com suor e depressão. Aprendi tudo na vida.
Catando do chão! Meus medos, nojos e raivas.
Porém aprendi. E entendi você mãe.
Hoje não posso lhe pedir mais perdão.
Posso dizer da sua razão.
E dos teus medos com minha criação.
Hoje posso dizer-te. Que meu mundo.
É integro. É limpo e leal. Tal e qual,
você sonhou para mim.
Se um dia em outras vidas.
As nossas se cruzarem
Quero pedir-lhe, que em todas elas!
Você volte como minha mãe.
Tinhosa. Carrancuda e matreira.
Mas como a pessoa que sempre amei.
Muitas vezes sem coragem de dizer. Eu te amo.
Não aprendi isso com você.
Não aprendestes isso com teus pais!
.
Mas sei que sempre nos amamos.
Deste que incubado no teu ventre.
Você afagava meu corpo feto.
Eu via teus olhos! Felizes de amor.
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