Estava sempre. Cuidando de mim.
Era meu anjo. Carinha meiga, olhos tristes.
Tinha nove anos. Eu! Três talvez.
Lembro-me do seu cabelo.
Não era liso! Meio emaranhado.
Os olhos! Duas contas azuis.
Bondosos, porém triste.
Sorria pouco. Tinha a boca de traço.
Sempre tive a impressão
de faltar-lhe a alegria. Na alma.
Mas, era meiga e carinhosa.
Crescemos no mesmo tempo.
Envelhecemos. Sua aura continua bondosa.
Na sua volta, uma aureola.
Círculo de amor, que envolve.
Da segurança e abraça, aviva.
Numa expressão carinhosa.
De inocência e palavras calmas.
Que ajudam a manter meu pensamento
ligados no meu eu e porquês.
Então coloco meus pés no chão
agradecendo a DEUS.
Pois ela é minha mãezinha. Minha irmã Arinha.
Razão da minha vida. Nota chave da minha canção
de felicidade.
Obrigado irmã! Por ser o meu anjo.
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